Quando duas crianças são vítimas de militância

Digo sem medo de errar, que os movimentos todos em favor da vida falharam.

Fonte: Guiame, Marisa LoboAtualizado: terça-feira, 18 de agosto de 2020 às 13:22
(Foto: Pinterest)
(Foto: Pinterest)

O aborto é uma crueldade. Sou pró-vida há mais de 25 anos, totalmente contra o aborto, e neste caso da menina de 10 anos que foi "forçada a abortar" sim, pois é apenas uma criança, digo sem medo de errar, que os movimentos todos em favor da vida falharam. Quero externar minha indignação contrária às atitudes de alguns, que se dizem militantes pró-vida, que expuseram uma criança, uma menina de 10 anos estuprada desde os 6 anos. Não é assim que lutamos pela vida.

Militantes doentios não me representam, são hipócritas. Eles militam por política pessoal, por curtidas na internet, e não pela vida. Essa exposição só serviu para fortalecer a luta das abortistas, que encontraram um fato para angariar simpatia da sociedade para legalizar o aborto. Temo que nossa luta digna em favor da vida seja enfraquecida por ações desastrosas de alguns que não têm o mínimo de respeito por outra criança que também precisava de socorro e nunca teve, nem dos familiares, nem da sociedade, já que há anos era violentada. Temos que separar as coisas.

 A criança não tem culpa; os abortistas sim. Eles estão usando essa criança como massa manobra para fortalecer as campanhas abortistas. Temos que chegar antes, antes dos abusos, dos estupros. Temos que exigir dos deputados que seja aprovado o projeto de CASTRAÇÃO QUÍMICA e penas mais severas para abusadores e pedófilos. Temos que chegar antes com políticas públicas que deem uma segunda chance às mulheres, a essa menina e a esse bebê, que não era um monte de carne, era uma vida com sentimentos, que já sentia dor, que já sonhava, brincava no seu mundinho.

Será que os médicos e profissionais de saúde não poderiam aguardar mais 3 semanas, retirar o bebê e dar a ele a chance de lutar pela vida, ainda que fosse em uma incubadora? E, ao mesmo tempo, cuidar da menina, da família, salvando outra vida, a do bebê?

Se tivéssemos estas políticas públicas, poderíamos sim ter salvo este bebê, e essa criança de ter sido abusada. Tenho de reconhecer que, infelizmente, gritamos a favor da vida, mas politicamente esquecemos que podemos montar uma frente de apoio à mulher para não abortar de forma oficial, dando a ela uma segunda oportunidade, um segundo direito, uma segunda opção, como parte de uma política do executivo e do legislativo.

Não vamos desistir de lutar pela vida e pela infância, impedindo as abortistas de usar uma criança para praticar, por tabela, seus crimes. Sou defensora do ‘Brasil sem aborto’, luto contra o aborto, mas não posso compactuar com agressões contra uma criança de 10 anos que foi vítima de estupro. A criança também é vítima. São duas crianças que temos a obrigação de proteger. Infelizmente, tem militante que não tem noção da grandiosidade da nossa luta e age de forma irresponsável. PAREM DE EXPOR A MENINA, ELA É SÓ UMA CRIANÇA!

Temos que discutir a pedofilia, e penas mais severas para o estuprador.

Eu defendo que o Estado deve punir com rigor o estuprador e dar suporte psicológico, físico, social, econômico a essa criança e sua família.

Não divulguem nome da criança, não exponham a criança, pois é cruel e criminoso, a criança estuprada é duplamente vítima.

Se a gravidez representava risco de vida a criança estuprada, a decisão médica deve prevalecer.

Problemática

Imaginemos a dor do parto da menina para ter esse bebê de 5 meses. A gravidez já estava adiantada em 23 semanas, o bebê já tem mais de 500 gramas, o que para a lei não é liberado, poderíamos salvar as duas crianças.

Os médicos poderiam dar a chance de o bebê nascer. Mas também temos de pensar que essa criança, ao sobreviver ao aborto, poderia ter traumas irreversíveis por causa do "parto abortivo provocado" e não teria nenhuma feminista, nenhum médico a favor do procedimento, para cuidar dela, quando tiver consciência do que ocorreu.

Temos, portanto, neste caso, duas crianças vítimas de militância e falta a proteção à CRIANÇA.

As FEMINISTAS estão usando essa criança para dar visibilidade à sua causa abortista. Mas as radicais que estão expondo a criança, estão igualmente erradas.

Sabemos a dor da família, da criança, mas algo tem que ser dito.

O ABORTO nesta idade, com o tamanho do feto que já passou de 500 gramas, colocava a menina em risco de vida? Não daria para retirar o bebê e deixá-lo lutar pela vida em uma incubadora? Não poderíamos salvas as duas? Não julguem a menina, ela é só uma criança, orem por ela e por toda sua família.

Se eu tivesse poder, acolheria a menina, e toda sua família. Faltam no Brasil POLÍTICAS PÚBLICAS SÉRIAS, DE PROTEÇÃO À MULHER, À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE.

E PENAS MAIS SEVERAS PARA O ESTUPRADOR.

O que nos resta, é orar agora pela vida dessa menina, que foi exposta, e pelos milhares de bebês que são abortados por ano no mundo.

Dia triste.

Por Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos e autora dos livros "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Cristãos acham graça em teste que faz apologia à ideologia de gênero. Vigiem!

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