A maternidade em risco

É no Cristianismo que vemos o quanto a maternidade é importante.

Fonte: Guiame, Patrícia AlonsoAtualizado: segunda-feira, 6 de maio de 2019 às 20:09
(Foto: Reprodução/Todays Parent)
(Foto: Reprodução/Todays Parent)

Entre a década de 40 e 50 nos EUA, começou um movimento denominado “Movimento de Liberdade Sexual”.

Muitos foram os idealistas deste Movimento, entretanto o que mais me chamou a atenção foi um biólogo americano chamado Alfred Kinsey.

Mais precisamente nos idos de 1948, pós II Guerra Mundial, Alfred Kinsey, após identificar a diversidade existente entre as vespas, começou a desenvolver a tese que a raça humana poderia também “gozar” desta “diversidade sexual”.

A partir de experimentos fraudulentos, Kinsey desenvolveu a teoria de que a raça humana pode ser composta de vários tipos sexuais, tais como homo, hetero, transexuais, pansexuais etc.

Muitos vieram depois de Kinsey, entre eles Richard Gardner, um médico americano, sem nenhuma especialização em psiquiatria, mas que trabalhou em mais de 400 casos nos EUA, entre eles no caso Michael Jackson, Woody Alen, e nos casos de alguns clérigos acusados de pedofilia.

Segundo Gardner, trabalhando como assistente técnico em favor desses homens acusados de pedofilia, ele desenvolveu a Teoria da Síndrome da Alienação Parental, onde, resumidamente, Gardner afirma que a vítima traria à tona “histórias” que seriam implantadas por pessoas que teriam intenções de extorquir, ou distanciar os filhos dos genitores não guardiões, quando no caso do abuso fosse o genitor não guardião.

Ele defendia que os 400 casos onde trabalhou como perito assistente, houve “falsas denúncias” de abuso sexual, e que todas as denúncias foram feitas por pessoas que sofriam de uma síndrome que até nos dias de hoje não foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tampouco na Associação de Psiquiatria Americana.  

Tais conceitos, principalmente as defendidas por Alfred Kinsey foi veementemente combatida pelo Pastor Billy Graham, de onde suriu a inspiração para a famosa pregação intitulada “A Bíblia e o Dr Kinsey”, em 1953.

Assim como Kinsey, Gardner afirma que a única forma de barrar as ideias da liberação sexual é pensarmos dentro do contexto judaico-cristão.

O Brasil é um país Laico, mas predominantemente cristão. É no Cristianismo que vemos o quanto a maternidade é importante.

Os discípulos de Gardner alegam que mãe não é sagrada, que sua fala não deve ser valorizada, e que a participação da mulher na sociedade é tão somente para serem parideiras e cumprir as obrigações conjugais, sendo que o não cumprimento com seus débitos conjugais, ensejaria em punição severa, incluindo a tolerância da relação incestuosa entre pai e filhos.

Entretanto, no Cristianismo, encontramos desde o Gênesis até o Apocalipse a valorização da mulher como esposa, mãe, e mesmos daquelas que foram estéreis. Deus as abençoou e todas, sem exceção, foram agraciadas pela maternidade por intervenção divina.

A começar pelas matriarcas: Sara, Rebeca e Raquel todas eram estéreis.
Mas, em Abraão, Deus prometeu que através dele sua geração seria tão numerosa quanto a areia do mar e as estrelas do céu.

Foi assim que todas as matriarcas apesar de sua esterilidade, todas, sem exceção, milagrosamente tornaram-se MÃE.

E como não lembrar de Rute, apesar de ter ficado viúva, sem filhos e estrangeira, casou-se com Boaz (o único “Resgatador”), pois era o parente mais próximo que poderia assumi-la.

Deus colocou graça em Rute, e Boaz se apaixonou por ela, casaram-se e o seu filho, Obede, foi o avô do Rei Davi.

E MARIA?

Se a maternidade não é sagrada, logo, a maternidade de Maria, ao dar à luz a Jesus, não foi uma relação Sagrada ou Divina?

Nesse contexto ideológico que tem avassalado a humanidade desde 1948, tem chegado na seara cristã, de forma muito camuflada, pois, quando se coloca a MATERNIDADE em descrédito, simplesmente estamos desvalorizando algo Santo, Maravilhoso e com propósito divino para a Humanidade.

A Maternidade é a única maneira de cumprir a ordem de Deus no Éden: “Crescei e multiplicai”.

Portanto, mais do que qualquer outra religião, a cultura judaica-cristã é a única que coloca a MATERNIDADE no seu devido lugar.

Como Cristãos, precisamos estar atentos às propostas das novas ideologias, (novas para o Brasil porque para o resto do mundo já é velha e está ultrapassada) e não cairmos nesse engodo de relativizar, o que não pode ser relativizado.

Na Cultura judaico-cristã a maternidade não serve só para fim procriatório, mas como está escrito em Salmos 128 "A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa".

O papel da mulher na cultura judaico-cristã, acima de tudo, é de parceria.   “A mulher é o alicerce do lar e de todo o mundo judaico”.

Lendo sobre esse assunto, em um site judaico encontrei a seguinte explicação sobre o papel da mulher na cultura judaica: “No judaísmo enquanto o homem é o ‘ministro do exterior’, a mulher é a ‘ministra do interior’, cuidando para que a família se fortaleça e permaneça unida. A missão que Deus entregou à mulher judia é de salvaguardar a santidade da família através de todos os preceitos na Tora, inclusive as tradições religiosas.

A mulher, a mãe é o alicerce de um lar e consequentemente de toda a vida judaica.

Ela deve procurar criar um ambiente no lar onde prevaleça o amor a Deus, à Palavra de Deus e ao próximo, é uma tarefa colossal que exige muita perspicácia, firmeza, devoção e criatividade entre outras qualidades.

Abrange, desde a escolha da decoração do quarto do bebê, às canções de ninar, até a seleção do material de leitura e filmes que os adolescentes  e os adultos leem ou assistem. Envolve assegurar que cada aposento da casa tenha um lembrete da Palavra de Deus, que tenha livros sagrados para estudo e oração. Inclui incentivar o hábito de orar ao acordar e ao levantar, em agradecimento a um novo dia, às bênçãos anteriores e posteriores aos alimentos.

A mulher e mãe na cultura judaico-cristã, deve abraçar a transmissão de valores, como o respeito aos pais, a prática da caridade, da hospitalidade e honestidade.

A mulher que entende que não estamos vivendo em guerra de sexo, sente orgulho de ver seu marido e filhos cumprindo com seus deveres religiosos e respeitam o momento e o espaço deles. A hora da oração é sagrada demais para ser dissipada com conversas e distrações mundanas.

Segundo o judaísmo, “A bênção repousa no lar de um homem somente por causa de sua mulher.” (Bava Metsia 59a). A mulher atrai a bênção da saúde para sua família, ela atrai a bênção do sustento, atrai a bênção para seus filhos.

O sábio Rei Salomão disse (Provérbios 14:1): “Toda mulher sábia edifica sua casa”. Que Deus nos permita cumprir a nossa verdadeira vocação com saúde e genuína alegria no coração. O futuro da Humanidade e da Cultura judaico-cristã depende disso!

Feliz Dia das Mães!


Por Patrícia Regina Alonso é mãe, advogada há 20 anos, teóloga, musicista formada pelo Conservatório Musical Ernesto Nazareth. Foi capelã do Hospital das Clínicas de São Paulo. É membro da ADVEC. Escritora do Livro “Alienação Parental o Lado obscuro da Justiça Brasileira” e colaborou no livro “A invisibilidade de crianças e mulheres vítimas da perversidade da Lei da Alienação Parental”.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições