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Benjamin Netanyahu renuncia ao cargo de primeiro-ministro de Israel

Netanyahu renunciou por não ter conseguido formar um novo governo com cadeiras suficientes no Knesset.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: terça-feira, 22 de outubro de 2019 às 13:42
Benjamin Netanyahu renunciou ao cargo de primeiro-ministro em Israel. (Foto: CBN News)
Benjamin Netanyahu renunciou ao cargo de primeiro-ministro em Israel. (Foto: CBN News)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não poderia formar um novo governo e devolveu o mandato ao presidente Reuven Rivlin na noite da última segunda-feira (21).

Netanyahu não conseguiu reunir uma coalizão antes do prazo final na quarta-feira, deixando o futuro político de Israel cada vez mais incerto. Agora, pela primeira vez desde que Netanyahu foi eleito em 2009, Israel tem a possibilidade de escolher outro líder.

Rivlin tem três dias por lei para dar o mandato de formar um governo para o líder rival de Netanyahu, o azul e branco Benny Gantz.

O anúncio de Netanyahu na segunda-feira marca a segunda vez este ano que ele não conseguiu formar um governo. Ele não conseguiu ganhar cadeiras suficientes para garantir uma maioria de 61 assentos no Knesset (parlamento israelense). Ele falhou novamente durante a eleição nacional sem precedentes do mês passado. Independentemente disso, Rivlin convocou Netanyahu para formar um governo primeiro, porque ele tinha 55 cadeiras, mais do que as 54 de Gantz.

Em comunicado, Netanyahu disse que trabalhou "incansavelmente" para estabelecer um governo de unidade com o líder rival azul e branco Benny Gantz, mas disse que Gantz se recusou a negociar com ele.

"Nas últimas semanas, fiz todos os esforços para trazer Benny Gantz às negociações. Todo esforço para estabelecer um amplo governo de unidade nacional, todo esforço para impedir outra eleição", afirmou. "Para meu arrependimento, várias vezes ele recusou. Ele simplesmente recusou".

Netanyahu queria formar um governo de unidade com Gantz, que também incluísse seus aliados de sempre - os partidos ortodoxos Shas e Judaísmo da Torá Unida. Gantz, um centrista, não concordaria com um governo contendo "ultra-religioso de direita", nem Yisrael Beitenu, da Avigdor Liberman, que mantém o equilíbrio de poder entre Netanyahu e Gantz.

O partido de Liberman tem oito cadeiras e ele está pedindo um governo de unidade secular com Likud, Azul e Branco e Yisrael Beitenu. No entanto, Netanyahu se recusa a abandonar seus parceiros ultra-religiosos.

Agora, Gantz tem a chance de formar um governo.

O partido Azul e Branco disse na segunda-feira que construirá o "governo de unidade liberal, liderado por Benny Gantz, pelo qual o povo de Israel votou". No entanto, não será fácil.

Gantz manifestou vontade de formar um governo com Netanyahu, mas não se Netanyahu continuar liderando o Likud enquanto enfrenta sérias acusações de corrupção.

O Likud não mostra sinais de abandonar Netanyahu.

Gantz terá dificuldade em formar uma coalizão governamental sem o Likud e, se ele falhar, a maioria dos legisladores votará para endossar um terceiro candidato. Se isso der certo, Israel será forçado a uma terceira eleição.

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