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Israel

Cemitérios judaicos são depredados e pichados com suásticas, na França

País abriga a maior comunidade judaica da Europa, com cerca de 550 mil pessoas.

Fonte: Guiame, com informações da Deutsche Welle Atualizado: sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 às 13:26
107 túmulos do cemitério de Westhoffen foram profanados. (Foto: Reprodução/Deutsche Welle)
107 túmulos do cemitério de Westhoffen foram profanados. (Foto: Reprodução/Deutsche Welle)

Desconhecidos profanaram dois cemitérios judaicos na região da Alsácia, na França, próxima à fronteira com a Alemanha. Inscrições antissemitas e suásticas foram encontradas em 107 túmulos do cemitério de Westhoffen nesta terça-feira (03/12). Em Schaffhouse-sur-Zorn, túmulos também amanheceram com pichações antissemitas.

"Esses atos hediondos e repugnantes são um insulto aos valores da nossa república", afirmou o ministro francês do Interior, Christophe Castaner, ressaltando que tudo será feito para evitar que esses crimes fiquem impunes. A polícia está investigando os casos.

"É consternação, é choque", afirmou Maurice Dahan, presidente do Consistório Israelita da região. Ele disse que o cemitério em Westhoffen tem cerca de 700 sepulturas.

A Alsácia enfrenta há vários meses um aumento de incidentes antissemitas. Em fevereiro, 96 sepulturas do cemitério judeu de Quatzenheim, a cerca de 15 quilômetros de Westhoffen, foram profanadas com inscrições. Em dezembro do ano passado, ocorreu um ataque no cemitério de Herrlisheim, no nordeste de Estrasburgo.

Em meados de abril, inscrições racistas e antissemitas foram descobertas nas paredes da Câmara Municipal de Dieffenthal. Alguns dias depois, suásticas e insultos foram pichados na fachada da casa de um eleito em Schiltigheim, perto de Estrasburgo. Em março, inscrições antissemitas também foram descobertas em frente a uma escola de Estrasburgo e nas paredes de uma antiga sinagoga em Mommenheim.

Em meio à onda de ataques, o governo francês anunciou medidas para combater o crescimento do antissemitismo no país.

A França abriga a maior comunidade judaica da Europa, com cerca de 550 mil pessoas. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, essa população aumentou mais do que a metade, mas os ataques antissemitas ainda permanecem como algo comum. Estatísticas do governo afirmam que apenas no ano passado foram mais de 500 ocorrências, o que equivale a um aumento de 74% em relação a 2017.

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