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Em tendência crescente, cristãos adotam as festas bíblicas de Rosh Hashaná e Yom Kippur

Cada vez mais cristãos têm enxergado significado espiritual nas celebrações do Antigo Testamento.

Fonte: Guiame, com informações do Breaking Israel NewsAtualizado: segunda-feira, 28 de setembro de 2020 às 12:33
Judeus celebram o ritual de purificação do Tashlich um dia antes do Yom Kippur em Israel. (Foto: Amir Cohen/Reuters)
Judeus celebram o ritual de purificação do Tashlich um dia antes do Yom Kippur em Israel. (Foto: Amir Cohen/Reuters)

A crescente adesão às festas bíblicas está aproximando judeus e cristãos, ao mesmo tempo que ajuda a eliminar a “teologia de substituição”, que defende que Israel foi substituído pela Igreja nos planos de Deus. 

O período de festividades começou com o Rosh Hashaná (o Ano Novo judaico) entre 18 e 20 de setembro, passando pelo Yom Kippur (o Dia do Arrependimento), que começou no domingo e se encerra nesta segunda-feira (28). O Sucot (a Festa dos Tabernáculos) começa no próxima sexta-feira (2) e vai até 9 de outubro.

Essa foi uma experiência exclusivamente judaica até que, nos últimos anos, cada vez mais cristãos têm encontrado um significado espiritual na celebração das festas do Antigo Testamento.

David Nekrutman, diretor do Centro de Compreensão e Cooperação Judaico-Cristã (CJCUC, na sigla em inglês), acredita que a adesão dos cristãos às festas judaicas é apropriada segundo os termos bíblicos, especialmente o Rosh Hashaná.

“O Rosh Hashaná é um feriado universal. É o aniversário do mundo”, disse Nekrutman ao site Breaking Israel News. “Toda a criação está sendo julgada quanto a aceitar o Deus de Abraão, Isaque e Jacó como Rei do Mundo”.

Já o Yom Kippur é mais teologicamente desafiador do que Rosh Hashaná para muitos cristãos.

“Ainda penso mais como evangélica”, disse a jovem cristã Kim Kunkel, de 29 anos, que tem guardado as festas bíblicas com sua família, na Flórida. “Às vezes podemos nos sentir culpados e inseguros sobre o pecado, e pedir perdão e nos arrepender a qualquer momento do ano. Não temos a ideia de fazer tudo e jejuar no Yom Kippur, essa ainda é uma ideia nova para mim”.

Nekrutman explicou que essa dificuldade não é incomum, pois o judaísmo e o cristianismo têm abordagens muito diferentes sobre o arrependimento.

“Na tradição judaica, o arrependimento é universal e não individual”, explicou Nekrutman. Ele enfatizou que até mesmo a linguagem usada nos livros de oração judaicos é escrita na primeira pessoa do plural. “Nós pecamos. No Yom Kippur, nos voltamos para o rei em arrependimento nacional”.

Ele também explica que, à medida que mais cristãos observam as festas judaicas, uma mensagem única é revelada aos judeus.

“Nos feriados de Yom Kippur e Rosh Hashaná, os judeus precisam se perguntar: estamos respondendo ao nosso chamado que foi ordenado pela Torá? Melhoramos o mundo? Temos sido uma luz para as nações?”, comenta Nekrutman. “Se tornarmos o Rosh Hashaná exclusivo para uma religião, estaremos fechando as portas do nosso arrependimento universal”.

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