No local mais sagrado do Islã, na cidade saudita de Meca, iranianos usaram sua tradicional peregrinação para pedir a destruição de Israel. Eles ainda classificaram a nação judaica e os Estados Unidos como “politeístas”, que consiste na crença em diferentes divindades.
Em uma cerimônia de “repúdio aos politeístas” realizada no Monte Arafat, a leste de Meca, foi lida uma mensagem do líder supremo do Irã, Ali Khamenei. Como reação, a multidão cantou: “Morte à América! Morte a Israel!”, transmitiu a emissora iraniana IRINN TV no sábado (10).
“A América é inimiga de Alá! Israel é inimigo de Alá [e] deve ser apagado da face da Terra”, eles continuaram, de acordo com uma tradução em inglês feita pelo Middle East Media Research Institute.
“Este é o grito da nação islâmica contra o regime sionista que mata crianças e seu defensor, [os EUA]”, comentou o repórter.
Um entrevistado disse que sua peregrinação não faria sentido a menos que ele repudiasse os “politeístas” e dissesse que estava lá “para socar a América e Israel na boca”.
Uma criança disse: “Viemos aqui por ordem do líder para dizer ‘morte à América’ e ‘morte a Israel’. A peregrinação não é apenas religiosa, é religiosa e política. Eu sacrificarei minha vida pelo líder”.
Iranian Pilgrims in Mecca "Disavow Polytheists," Chant "Death to America," Declare Israel Must Be Erased from the Face of the Earth pic.twitter.com/20w0R2QVdd
— MEMRI (@MEMRIReports) 12 de agosto de 2019
Ghorbanali Dorri-Nafajabadi, membro do Conselho de Discernimento do Irã e da Assembleia dos Peritos, comentou: “Todos os defensores da frente da verdade devem permanecer [unidos] sob a bandeira do monoteísmo… Contra a frente da heresia, do politeísmo, da hipocrisia, do sionismo, da arrogância e do reacionismo”.
O judaísmo, a principal religião em Israel, e o cristianismo, religião da maioria da população nos Estados Unidos, são ambas monoteístas, que admite a existência de um único Deus.
A peregrinação anual de cinco dias à Meca, também conhecida como haje, é obrigatória, pelo menos uma vez na vida, para todo o muçulmano que disponha dos meios econômicos e tenha de saúde. Os ritos terminam com o Eid al-Adha ("Festa do Sacrifício"), um festival de três dias que começou no domingo e vai até quarta-feira (14).
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