Oficiais muçulmanos da ONU impedem acesso de refugiados cristãos à ajuda

Refugiados sírios têm alertado que estão tendo seu acesso à ajuda bloqueado por oficiais muçulmanos da ONU, na Jordânia.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 às 15:17
Refugiado sírio segura o filho nos braços em campo, na Turquia. (Foto:  AP/Lefteris Pitarakis)
Refugiado sírio segura o filho nos braços em campo, na Turquia. (Foto: AP/Lefteris Pitarakis)

Refugiados sírios cristãos relataram que foram impedidos de obter ajuda da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, a ‘ACNUR’, por funcionários muçulmanos da ONU na Jordânia.

Hasan, um dos refugiados sírios que se converteram ao cristianismo, relatou à CBN News em um telefonema que os oficiais muçulmanos do campo da ONU trataram os cristãos com desdém ao saberem da nova confissão de fé dos mesmos.

"Eles sabiam que éramos muçulmanos e nos tornamos cristãos e eles lidaram conosco com perseguição e zombaria. Eles não nos deixaram entrar no escritório. Eles ignoraram nosso pedido", disse ele.

Hasan e sua família estão agora escondidos, com medo de serem presos ou até mortos pela polícia jordaniana. A conversão ao cristianismo é um crime grave na Jordânia.

A denúncia ilustra um padrão claro de discriminação por parte da agência de refugiados das Nações Unidas na Jordânia contra os cristãos. E parece ser uma das razões pelas quais, embora dezenas de milhares de refugiados muçulmanos sírios tenham sido assentados nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, apenas um pequeno número é cristão.

E os dois governos que poderiam impedir essa perseguição de refugiados cristãos - os EUA e a Grã-Bretanha - pouco ou nada fizeram a respeito.

“Basta”

O arcebispo Lord George Carey está processando o escritório da Grã-Bretanha, alegando que autoridades "politicamente corretas" foram "institucionalmente tendenciosas" contra refugiados cristãos. Ele também quer descobrir por que dos 60 mil refugiados de guerra sírios aceitos nos EUA e na Grã-Bretanha em 2014, quase nenhum era cristão.

O advogado de Lord Carey, Paul Diamond, explica o caso:

"Você tem essa situação absurda em que o esquema é estabelecido para ajudar os refugiados sírios e as pessoas mais necessitadas, os cristãos que foram ‘genocidados’, mas eles nem conseguem entrar nos campos da ONU para conseguir comida. Se você entrar e souberem que você é um cristão - ex-muçulmano ou não - os guardas muçulmanos da ONU o impedirão de entrar, vão rir de você, zombar de você e até ameaçá-lo”, contou.

Refugiado cristão = inimigo dos oficiais muçulmanos da ONU

Outro refugiado sírio, Timothy, que nos disse que se tornou cristão depois de ver Jesus em um sonho, disse que também foi impedido por funcionários muçulmanos da ONU de entrar em um campo de refugiados.

"A maioria dos funcionários das Nações Unidas, 99%, é de muçulmanos", explicou Timothy da Jordânia, "e estavam nos tratando como inimigos".

Diamond diz: "As autoridades muçulmanas sunitas bloquearam o caminho. Eles riram, ameaçaram e disseram: 'Você não deveria ter se convertido. Você é um idiota por se converter. Você terá o que merece“.

Carey diz que, ao não fazer nada, os governos ocidentais são cúmplices no que chama de "a crucificação constante dos cristãos do Oriente Médio".

"E nenhuma medida simples é tomada pelo governo britânico ou americano", diz Diamond: "Seria simples abrir um campo de refugiados para minorias religiosas, para cristãos, yazidis, sejam eles quais forem, e seriam seguro. Mas ninguém faz isso. "

Deportações

Nações também deportam refugiados cristãos para certas prisões ou para morrer em suas terras de origem, onde eram ameaçados.

Os refugiados cristãos que chegaram aos países ocidentais estão sendo cada vez mais deportados de volta aos países muçulmanos, sem levar em consideração o perigo que enfrentarão.

O advogado sueco Gabriel Donner, que representa requerentes de asilo cristão, diz que a Suécia está deportando até um terço dos refugiados cristãos de volta para países muçulmanos, onde é provável que sejam presos ou mortos.

Um dos refugiados cristãos que agora enfrenta deportação iminente é Iman Amir-Ourang, do Irã. Ele diz que as autoridades suecas não entenderam seu pedido de asilo ou se preocuparam com as evidências de sua fé cristã.

Amir-Ourang nos disse: "Existem tantos ateus vivendo na Suécia, então eles não podem acreditar em alguém que acredita em Deus. Então, só porque eles não acreditam em nosso Senhor, eles também não acreditam que mais ninguém possa acreditar no Senhor "

"Eles não entendem a mensagem da Bíblia. É completamente estranha para eles", acrescentou Donner.

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