Cristãos são presos na Malásia por entregarem panfletos evangelísticos

Dois homens e duas mulheres foram presos no hotel onde se hospedavam sob a acusação de 'perturbar a harmonia religiosa'.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 27 de novembro de 2018 às 15:39
Caso os cristãos sejam considerados culpados, eles podem receber uma sentença de cinco anos de prisão. (Reprodução).
Caso os cristãos sejam considerados culpados, eles podem receber uma sentença de cinco anos de prisão. (Reprodução).

A polícia da Malásia prendeu quatro cristãos no último dia 20. Eles foram acusados de distribuir panfletos cristãos. As informações são da agência de notícias AsiaNews. Dois homens e duas mulheres com idade entre 27 e 60 anos, foram presos no hotel onde se hospedavam em Langkawi, famoso destino turístico.

Segundo o AsiaNews, eles foram presos sob a acusação de “perturbar a harmonia religiosa”. Caso eles sejam considerados culpados, podem chegar a receber uma sentença de cinco anos de prisão.

Mohamad Iqbal Ibrahim, chefe da Polícia Distrital, informou à imprensa que as prisões foram feitas após reclamações da comunidade. Desde o dia em que os filandeses chegaram na Malásia, no dia 18 de novembro, foram realizadas pelo menos três denúncias sobre as atividades.

Durante as prisões a polícia também confiscou 47 canetas e 336 livretos cristãos, segundo informações do site Free Malaysia Today. Os quatro cristãos permanecem em custódia, aguardando investigações, de acordo com Ibrahim.

Uma fonte local informou ao World Watch Monitor que este é o este é o terceiro incidente desse tipo nas últimas semanas. Pouco antes, cinco nigerianos e seis moradores também foram presos por atividades similares em outros locais, disse a fonte.

A Malásia é um país de maioria muçulmana e por isso a conversão ao cristianismo é contra a lei em quase todos os estados, assim como o evangelismo entre os muçulmanos malaios.

Raymond Koh, um pastor da Malásia que recebeu ameaças de morte por proselitismo, foi sequestrado em fevereiro de 2017 e continua desaparecido. Leia sobre o caso.

No poder desde maio deste ano, o novo governo prometeu assinar a Declaração da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Baseada na Religião ou Crença. Apesar disso, grupos muçulmanos ultraconservadores se opõem fortemente a isso. Eles temem que isso encoraje a apostasia e o proselitismo de muçulmanos.

Muitos na Malásia têm esperança de que o novo governo trará mudanças e justiça para todos e que tal evangelismo público poderia comprometer os esforços do governo, de acordo com a World Watch Monitor.

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