Professor cristão condena a prática do 'jeitinho brasileiro': "Devemos cumprir as leis"

O professor Rogério Rocha comenta que o ‘jeitinho brasileiro’ é uma forma de corrupção.

Fonte: GuiameAtualizado: sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018 às 19:21

No Brasil, é comum ouvir falar do tal “jeitinho brasileiro”. Na verdade, a prática pode ser considerada como pequenas corrupções. Infelizmente, há cristãos que não deixam de lado a essa mania pecaminosa.

O professor da Faculdade Batista Rogério Rocha, em entrevista para o programa Bate Papo (Rede Super), falou sobre como o “jeitinho brasileiro” fere não só a ética, mas também a fé cristã. “A grande questão para se começar a trabalhar é sobre o que nós entendemos por ética”, iniciou.

“A expressão ética em última análise está ligada à questão de princípios. O jeitinho brasileiro está ligado a uma certa flexibilidade. Ser flexível, ao pé da letra, é muito positivo. Mas o problema é quando você começa a ser flexível ao extremo e começa a entender que regras podem e devem ser burladas. Isso é um grande problema em potencial”, alertou.

“No Brasil, culturalmente, existe a ideia de que as regras são elementos limitadores para nos prejudicar e é exatamente o contrário. Como pai, como educador, quando você estabelece limites e regras, via de regra é para segurança, para que haja harmonia e convívio”, ressalta.

Equilíbrio

O professor explica o motivo do “jeitinho brasileiro”: “Nós vivemos no Brasil, neste momento um movimento pendular. Nós saímos de uma ditadura no qual ninguém tinha direito, somente deveres. Fomos para um outro extremo, no qual todo mundo só tem direito e quase ninguém tem deveres”, salientou.

“As pessoas não se atentam para o equilíbrio. Todo cristão e todo brasileiro precisa entender que existem tanto direito quanto deveres. O problema do ‘jeitinho brasileiro’ está entre burlar os deveres”, explica.

A placa “Pare”

Para exemplificar, o professor usa o exemplo da placa de sinalização “Pare”. Ele diz que aqui no Brasil, as pessoas não obedecem. “A gente interpreta que aquele ‘Pare’ não é um imperativo. Se for conveniente, pare. E para outras culturas, ‘Pare’ e ‘Pare’, literalmente. Porque normalmente se tem uma norma dizendo para a placa é um sinal de segurança”, defende.

“A questão aqui no Brasil é que a gente tende a não pensar muito nas consequências futuras. Se você observa Portugal , o ‘Pare’ lá é ‘Pare’. Então, a leitura que eu faço é que há uma construção cultural no Brasil na qual esse jeitinho brasileiro é quase que uma forma de sobreviver”, coloca.

“O Brasil precisa repensar sobre até que ponto nós estamos contribuindo para que as pessoas entendam que as normas e as regras são boas. Elas precisam ser equilibradas e a Bíblia nos traz essa expressão quando diz que o Rei que acredita em Deus faz seu povo prosperar”, ressaltou.

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