Rabino explica porque não estamos na Grande Tribulação: “O sofrimento será muito maior”

O rabino Mário Moreno esclarece dúvidas sobre o fim dos tempos na série de lives do Guiame.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: sexta-feira, 31 de julho de 2020 às 14:19
O rabino Mário Moreno fala sobre o fim dos tempos na série de lives do Guiame. (Foto: Guiame)
O rabino Mário Moreno fala sobre o fim dos tempos na série de lives do Guiame. (Foto: Guiame)

Questões sobre o fim dos tempos, como a Grande Tribulação, a marca da besta e o arrebatamento foram esclarecidas pelo rabino Mário Moreno durante uma live transmitida pelo Guiame nesta quarta-feira (29).

Questionado se a pandemia do novo coronavírus pode ser um indício da Grande Tribulação, o rabino Mário Moreno acredita que este seja “o princípio das dores”.

“A Grande Tribulação reserva para a humanidade um nível de sofrimento nunca visto antes na história. O que nós estamos passando hoje não é nada no que diz respeito ao que Apocalipse relata”, disse ele.

Em sua visão, a Grande Tribulação se inicia após o arrebatamento e acontece entre os capítulos 5 e 6 do livro de Apocalipse.

Para ilustrar o nível de sofrimento reservado no futuro, Mário Moreno citou Apocalipse 6:8, que menciona o cavalo amarelo, chamado também de Morte: “Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra”.

“Nesse momento, vai ser liberado um demônio com poder para matar as pessoas de todas as formas, inclusive com vírus e doenças que virão. O que estamos passando hoje é um sinal mostrando que lá na frente vai acontecer algo muito pior”, avalia o rabino.

Ele também menciona Apocalipse 8:10-11, que diz: “O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, queimando como tocha, sobre um terço dos rios e das fontes de águas; o nome da estrela é Absinto. Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos morreram pela ação das águas que se tornaram amargas.

“Um meteoro vai atingir a terra e contaminar as águas, e as pessoas que consumi-las irão contrair uma doença e morrer”, observa.

Outro trecho mencionado é o de Apocalipse 16:1-2: “Então ouvi uma forte voz que vinha do santuário dizendo aos sete anjos: ‘Vão derramar sobre a terra as sete taças da ira de Deus’.

O primeiro anjo foi e derramou a sua taça pela terra, e abriram-se feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a marca da besta e adoravam a sua imagem”.

O rabino comenta: “Como essa idolatria estará circundando o mundo, isso vai atingir pessoas no mundo inteiro. Isso sem dúvidas vai ser algo terrível”.

Marca da besta

Quando se trata da marca da besta, Mário acredita que não há nenhuma relação com a suposta retirada do Espírito Santo da terra e indica que isso não vá acontecer.

“Na minha opinião, o Espírito Santo não é retirado da terra, porque as duas testemunhas que estarão aqui vão fazer milagres. Vai haver salvação, porque o livro de Apocalipse conta que pessoas estarão subindo até a eternidade, vão chegar diante do altar e dirão: Senhor, julgue as nossas vidas. Se está havendo sinais, maravilhas e salvação, isso significa que o Espírito Santo ainda está aqui”, observa.

Ele acrescenta: “Quanto à marca da besta, há muita especulação em torno disso, mas não temos como dizer o que é”.

O rabino menciona a marca da besta como uma imitação do tefilin, nome dado a duas caixinhas de couro usadas pelos judeus, cada qual presa a uma tira de couro, amarradas no braço esquerdo e na testa.

“O diabo vai marcar as pessoas com algo imitando o Eterno. Porque o tefilin, quando vai no braço, se conecta ao coração. E quando vai na testa, se conecta à mente. É como se fosse uma mente e um coração blindados pelo Espírito Santo”, afirma.

Veja a live completa:

Ele também não descarta a possibilidade da marca ser algo invisível, diante do avanço da tecnologia. “Existe uma conexão do que é espiritual com o material, tirando a possibilidade de comprar ou vender qualquer coisa”, comenta.

Arrebatamento

Segundo a visão do rabino, o arrebatamento antecede a Grande Tribulação. Para isso, ele faz uma análise de acontecimentos registrados no Antigo Testamento.

“Na Torá temos pistas sobre o arrebatamento. Há dois eventos marcantes que mostram o Senhor dando livramento para o seu povo em meio a uma grande crise. O primeiro é Noé, que foi salvo com sua família na arca antes de toda a tribulação. Depois o acontecimento de Abraão, quando foi resgatado com sua família antes da destruição de Sodoma e Gomorra”, aponta.

“Por que o Eterno os livraria dessas tribulações? Se eu tenho evidências no passado que apontam para uma realidade futura, eu preciso pensar e fazer essa conexão”, ele acrescenta.

O rabino também afirma que a primeira ressurreição acontece no momento do arrebatamento. “O apóstolo Paulo diz que nós, que estivermos vivos, seremos arrebatados e nossos corpos serão transformados; e os que morreram, irão ressuscitar. Isso acontece em paralelo: quando um é transformado, o outro ressuscita, e todos recebem seus corpos glorificados. Lá na frente acontece outra ressurreição, mas essa é para juízo, como diz Apocalipse”.

Israel e o fim dos tempos

Segundo o rabino, os cumprimentos das profecias bíblicas em Israel também são sinais claros do fim dos tempos. “Todos esses sinais nos apontam para uma iminência da vinda do Senhor”, afirma.

Uma das profecias está em Isaías 66:8, que foi cumprida em 14 de maio de 1948, quando o Estado de Israel foi criado em um só dia, durante uma sessão histórica da Assembleia Geral da ONU.

“Pode uma nação nascer num só dia, ou, pode-se dar à luz um povo num instante? Pois Sião ainda estava em trabalho de parto, e deu à luz seus filhos”, diz Isaías 66:8.

Outra profecia apontada por Mário Moreno está Lucas 21:24, quando Jesus diz: “Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram”. Isso se cumpriu em 7 de junho de 1967, quando Israel retomou Jerusalém como sua capital, no que é conhecido como Guerra dos Seis Dias.

Segundo o rabino, a seguinte profecia descrita em Lucas 13:34,35 está em andamento: “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedrejas os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Eis que a casa de vocês ficará deserta. Eu lhes digo que vocês não me verão mais até que digam: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor’”.

“Em Israel há cânticos cantados pelos judeus com essa letra, ‘bendito o que vem em nome do Senhor’ (ou baruch haba b'shem Adonai). E essas palavras são ditas com mais veemência na festa de Sucot, que é a Festa dos Tabernáculos. Nós cremos que Yeshua vem nos buscar numa Festa dos Tabernáculos, na qual será inaugurada o Terceiro Templo. Se os judeus hoje estão dizendo isso e Yeshua disse que eles não o veriam mais até que dissessem isso, essa profecia está em andamento”, explica o rabino.

Outro sinal apontado por ele é a reconstrução do Terceiro Templo. “O projeto já está pronto em Jerusalém e os sacerdotes e levitas já estão treinados. O relógio já disparou e está dando sinais”, disse. “As profecias estão se cumprindo de uma forma muito clara, nos conduzindo para o mesmo caminho: Yeshua vem nos buscar”.

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