“Agradeço a Deus pelos 16 anos maravilhosos de tê-lo como filho”, diz pai de vítima

Além de Samuel Melquíades, outros quatro alunos foram mortos, entre eles Douglas Celestino da Igreja O Brasil para Cristo.

Fonte: Guiame, com informações do Jornal HojeAtualizado: quinta-feira, 14 de março de 2019 às 18:42
Gercialdo Melquíades de Oliveira, pai de Samuel. (Foto: Reprodução/Globo)
Gercialdo Melquíades de Oliveira, pai de Samuel. (Foto: Reprodução/Globo)

O pai de Samuel Melquíades de Oliveira, uma das vítimas do massacre de Suzano que aconteceu na manhã desta quarta-feira (13) na Escola Raul Brasil, contou que o filho era comprometido com a Igreja Adventista que frequentava com a família.

Em depoimento emocionante sobre o filho assassinado, Gercialdo Melquíades falou da personalidade de Samuel. “Era um menino extremamente amoroso e ativo; na igreja onde a gente frequenta ele gostava de estar sempre a frente, gostava de fazer e acontecer. Um menino de várias facetas, que me surpreendia a cada dia”.

Apesar dos poucos anos de convivência, Gercialdo agradeceu a Deus pela vida de seu filho Samuel. “Eu só posso agradecer a Deus pelos 16 anos maravilhosos que Ele me concedeu tê-lo como filho”.

O tio de Samuel, que era quem o levava de carro para a escola todas as manhãs, também falou do comportamento do jovem. “Ele era muito dedicado nos estudos e tinha o sonho de fazer curso superior na área de design, pois gostava muito de desenhar”, disse José Silva.

Reprodução da ilustração feita por Samuel Melquíades (páginas 18/19 no livro Como consertar um coração quebrado, Ed. Scortecci, 2018). (Foto: Facebook/João Scortecci)

As habilidades de Samuel com o desenho já era reconhecida. Ele ajudava seu pai, responsável por desenhos da Escola Sabatina Ilustrada, e também foi o ilustrador do livro “Como consertar um coração quebrado” (Editora Scortecci), do escritor Adriano Fonseca.

Luto no Brasil para Cristo

Outro jovem assassinado no massacre foi Douglas Murilo Celestino, de 16 anos. A família diz que ele havia conseguido escapar do massacre, mas voltou à escola para ajudar a namorada Adna Bezerra, ferida nas costas por uma bala. Douglas foi baleado na cabeça e não resistiu.

Douglas Murilo Celestino. (Foto: Reprodução/JH)

“A gente sabe que ele a amava demais”, disse a amiga de ambos, Larissa Alves. O velório de Douglas foi na Igreja O Brasil para Cristo, da qual era membro.

Ex-presidente da denominação, o pastor Roberto de Lucena, que é deputado federal, lamentou o acontecido. “Muito triste tudo o que aconteceu. Entre os jovens estava Douglas Murilo, de apenas 17 anos, membro da Igreja O Brasil Para Cristo em Jardim Maluf. Que Deus conforte a família das vítimas e dê forças aos sobreviventes”, disse Lucena, que esteve no velório junto com o ministro Ricardo Vélez, da Educação.

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