Inimigo de Israel, Hezbollah deve ser classificado como terrorista pelo Brasil

Hezbollah é uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita sediada no Líbano.

Fonte: Guiame, com informações do GloboAtualizado: segunda-feira, 19 de agosto de 2019 às 16:45
Líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah (Foto: Hassan Ammar/AP)
Líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah (Foto: Hassan Ammar/AP)

O governo brasileiro está considerando designar o movimento xiita libanês Hezbollah como uma organização terrorista. O grupo é um dos maiores inimigos de Israel, sendo responsável por ataques sangrentos ao país.

Em maio, as Forças de Israel (IDF) destruíram o maior túnel do Hezbollah, construído para matar judeus.

O túnel tinha um quilômetro e cruzava a fronteira israelense, violando a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

Os cristãos também têm sido alvos de sequestros e ataques do grupo.

Terry Waite é um cristão que foi sequestrado em Beirute, capital do Líbano, trinta anos atrás.

Servindo como colaborador no processo de paz no Líbano, Waite foi mantido em cativeiro por quase cinco anos pelo Hezbollah, enquanto tentava libertar reféns ocidentais naquele país. Ele foi ficou refém de 1987-1991.

Ao celebrar 80 anos em junho passado, refletiu sobre o poder que o perdão teve em sua vida e planeja voltar a Beirute ainda este ano para continuar a trabalhar nos esforços de construção da paz.

Alinhamento

De acordo com especialistas, a ação do governo brasileiro mostra alinhamento com a política implementada pelos EUA.

Em novembro de 2018, antes de encontro com o então presidente eleito Jair Bolsonaro, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou que o governo Donald Trump tem expectativas de que o governo brasileiro declare o Hezbollah como um aliado do terrorismo.

A decisão, no entanto, não é unânime entre os integrantes da alta cúpula do ministério das Relações Exteriores.

Uma das razões é o impacto que a medida poderá ter nas relações com o regime islâmico do Irã.

Teerã, que é um dos principais aliados do Hezbollah, importa cerca de US$ 2,5 bilhões por ano em produtos brasileiros.

Contactada pela agência Bloomberg, a Chancelaria brasileira disse que não considera o Hezbollah uma organização terrorista e que não tem planos de rever esse status.

Reportagem de O Globo diz que durante a campanha presidencial do ano passado, o deputado Eduardo Bolsonaro, cotado para se tornar embaixador brasileiro em Washington, já havia defendido uma posição mais dura contra o Hezbollah e o palestino Hamas.

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