Maioria dos evangélicos não seguem seu pastor ao votar, diz Datafolha

Oito em cada 10 brasileiros dizem não seguir a opinião de seus líderes religiosos durante as eleições, segundo o Datafolha.

Fonte: Guiame, com informações de Folha de São PauloAtualizado: segunda-feira, 23 de outubro de 2017 às 12:47
(Foto: Reprodução)
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Oito em cada 10 brasileiros dizem não seguir a opinião de seus líderes religiosos durante as eleições, segundo o Datafolha. Embora 19% das pessoas considerem as recomendações da liderança, 4% seguem as indicações apenas se o candidato for ligado à sua igreja.

O número de pessoas que são influenciadas pelos pastores no voto aumenta entre os evangélicos (26%), com um número ainda maior entre os fiéis neopentecostais (31%). Cerca de 9% disseram já ter votado em alguém indicado por seu líder religioso, comparado aos 8% em um levantamento feito há quatro anos.

A pesquisa reforça que evangélicos (16%), sobretudo os neopentecostais (28%), se revelam mais suscetíveis à recomendação de suas igrejas, mas continuam sendo uma minoria dentro do universo religioso.

De acordo com Gerson Moraes, professor de teologia e de política da Universidade Presbiteriana Mackenzie, é errado tratar evangélicos como uma massa uniforme. “Por exemplo, grupos históricos, em geral mais escolarizados, têm a visão de que a igreja pode ser a consciência do Estado, mas jamais dominar o Estado”, disse ele ao jornal Folha de São Paulo.

Fé brasileira

Embora o eleitor não seja influenciado por seu líder religioso no momento do voto, o Brasil é um país de fé — 98% da população acredita em Deus. Segundo o Censo, o número de evangélicos saltou de 15,4% em 2000 para os atuais 32% detectados no Datafolha. Já católicos diminuíram de 73,6% para 52%.

Em setembro, o Datafolha entrevistou 2.772 brasileiros de 194 cidades apresentando três hipóteses: um presidenciável católico, um evangélico e um ateu.

Entre as respostas, 25% votariam no católico com certeza, 49% talvez e 16% de jeito nenhum. Os índices para o evangélico foram, respectivamente, de 21%, 46% e 24%. Já para o ateu, 8% votariam com certeza, 33% talvez e 52% jamais o elegeriam. Entre neopentecostais, a resistência ao político descrente chega a 67%.

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