“Temos uma bandeira e meia: Brasil e Israel”, diz Bolsonaro na Marcha para Jesus

O presidente Jair Bolsonaro participou da Marcha para Jesus em Brasília, que este ano teve como tema “Juntos Marchamos pela Família e pelo Brasil”.

Fonte: Guiame, com informações do Correio Braziliense e Agência BrasilAtualizado: segunda-feira, 12 de agosto de 2019 às 12:21
O presidente Jair Bolsonaro, participa da Marcha para Jesus e pela Família em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro, participa da Marcha para Jesus e pela Família em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Assim como fez em junho em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro participou na manhã de sábado (10) da Marcha para Jesus em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, organizada por diversos grupos evangélicos.

O presidente foi ovacionado pelo público e apresentado pelos organizadores como o único na história do Palácio do Planalto que “reconhece que Jesus é Jesus”. Durante o discurso de cerca de 14 minutos, Bolsonaro tratou de temas como a família e valores cristãos, inspirando-se no tema “Juntos Marchamos pela Família e pelo Brasil”. 

“Vocês tem pela primeira vez na história do Brasil um presidente que está honrando o que prometeu na campanha, que acredita da família e que vai respeitar a inocência das crianças nas salas de aulas. Não existe conversinha de ideologia de gênero. Isso é coisa do capeta. Tenho certeza que o governador Ibaneis não vai admitir isso no DF”, disse ao lado do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Bolsonaro voltou a enfatizar que, apesar do Brasil ser um Estado laico, a maioria da população é cristã. Em referência à bandeira de Israel estendida pelo público, ele destacou que é preciso agradecer às tradições judaico-cristã.

“Israel só existe porque um povo que tem fé em Deus é um exemplo para todos nós. Queremos seguir esse caminho também”, disse Bolsonaro. “É um local onde recarregamos as nossas baterias. Andando por aquela terra sagrada, conseguimos entender que sim, Deus existe”.

“A todo momento”, segundo Bolsonaro, a população brasileira escuta que a “esquerdalha do PT, PCdoB, PSOL, nojenta” defender que o Estado é laico. “Mas eu, Johnny Bravo, sou cristão. Aqui, nesse carro e pátio, somos cristãos”, apontou. “Respeitamos todas as religiões e até quem não tem religião. Mas a maioria dos brasileiros é cristã e ponto final”.

“O Brasil é um só povo, uma só raça e um só coração. É uma bandeira e meia: Brasil e Israel”, acrescentou.


Homem segura bandeira de Israel na Marcha para Jesus e pela Família em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O presidente voltou a citar a importância dos evangélicos no resultado da campanha eleitoral. “Além do milagre da minha vida, o milagre da nossa eleição. Tive apoio de grande parte dos evangélicos no período inicial das eleições. Isso foi decisivo. O que eu falava durante a campanha eu já falava anos antes. Desde 2010, quando apareceu no governo que nos antecedeu as questões de multifamílias”, afirmou Bolsonaro. 

“Se querem que eu acolha isso, apresente uma Emenda Constitucional e modifique o artigo nº 226, que diz que família é homem e mulher. E mesmo mudando isso, como não dá para emendar a Bíblia, eu vou continuar acreditando na família tradicional”, acrescentou. 

Marcha em Brasília

A Marcha para Jesus em Brasília foi organizada pelo Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (Copev/DF) e conta com o apoio da Federação Nacional de Igrejas Cristãs (Fenaic), da Federação dos Cantores Evangélicos do Distrito Federal (FACEV), do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) e da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab).

O percurso teve início na Praça do Buriti, por volta das 8h, e seguiu até o Museu da República, com encerramento por volta das 12h. Durante a Marcha, cantores evangélicos se apresentaram e pastores fizeram discursos em dois trios elétricos.

Além do presidente e governador do DF, participaram do evento o presidente da Câmara Legislativa do DF, Rafael Prudente (MDB) e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Segundo a Polícia Militar do DF, o público não foi contabilizado. Mas de acordo com os organizadores, 15 mil pessoas estavam presentes.

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