O mundo digital facilitou muito a vida dos ministérios cristãos, diz Lincoln Baena

Curador de conteúdo gospel na plataforma de áudio Deezer, Lincoln Baena falou sobre as inovações que estão movimentando a música cristã.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 7 de agosto de 2017 às 15:56

Há quem diga que com os avanços das plataformas digitais no meio fonográfico (o que inclui música e outros materiais de áudio, como podcasts) a existência dos CDs está com os dias contados. Já outros dizem que o CD ainda pode sobreviver, caso sua finalidade seja reinventada. Segundo Lincoln Baena, curador de conteúdo gospel da Deezer - empresa francesa que lançou um dos maiores aplicativos de áudio do mundo - a revolução que a música (secular e gospel) está vivendo é evidente.

Lincoln, que também é músico, falou com exclusividade ao Guiame e explicou que as plataformas digitais estão levando tanto produtores quanto consumidores de música a rever o modo como lidam com esta arte e como ela pode ser disseminada com muito mais velocidade e eficiência por meio de recursos, como é o caso da Deezer.

"A gente fica feliz com esse novo momento digital, não só na música gospel, mas mundial. Acho que 2017 serviu para que a gente definitivamente virasse a chave de um novo conceito, de uma nova forma de ouvir música", destacou.

Lincoln se alegrou em avaliar os avanços da música até as plataformas digitais e como a Deezer viu a música gospel com respeito.

"A gente vem ao longo dos anos passado por muitas mutações. Do vinil para o K7, VHS, DVD, Blue Ray, CD e agora a gente está literalmente na era digital. A Deezer, como uma gigante da plataforma de streaming, faz parte deste contexto. Porém ela é a única empresa no mundo que se preocupou com o nicho gospel", disse.

"Nós tínhamos na Dezzer, o canal de música cristã - tanto o gospel, como o católico. A percepção da Deezer foi reconhecer que o gospel em si merecia uma curadoria especial, um cuidado especial, um falar especial... uma pessoa que pudesse falar de uma forma direta e que fosse do meio gospel", contou.

Lincoln contou que desde que a música gospel ganhou um espaço exclusivo na Deezer, o canal atualmente já é o quarto mais ouvido em nível de Brasil dentro do aplicativo.

"Estamos em plenas condições de avançar para o terceiro [lugar], segundo e aí competir com o sertanejo, que é o hit do momento no Brasil", contou.


O CD vai sumir?

Até tempos atrás, o grande sonho de um cantor em início de carreira era gravar seu primeiro CD. Mas será que ainda continua assim? Segundo Lincoln esta realidade está mudando bastante. Talvez isso não signifique ainda o fim do CD, mas sim uma mudança de finalidade neste tipo de mídia.

"A forma como você divulga música mudou muito. Então a gente precisa se atualizar, porque você não precisa mais gravar um CD inteiro, essa é a grande verdade. Você grava um CD inteiro, daqui a três meses você não tem mais o que falar", alertou.

"Até nisso a plataforma digital ajudou, porque ela te dá a oportunidade de falar sobre o teu ministério, a tua carreira o ano inteiro. É só você se programar e lançar singles a cada mês e depois, ao final do ano você grava o seu CD. Mas acho que até nisso o mundo digital facilitou a vida dos ministérios como um todo", acrescentou.


Bem além da música

"A nossa preocupação é ser uma plataforma de áudio". Esta afirmação tem sido como um mote na boca de Lincoln, ao divulgar o trabalho da Deezer não só entre os cantores gospel, mas também entre pastores, missionários e outros líderes ministeriais. Segundo o curador, o objetivo do aplicativo é proporcionar ao usuário, bem mais que música, mas também outros tipos de materiais que possam edificar.

"Dentro da Deezer a gente tem os podcasts, a gente tem uma área que já está sendo trabalhada para colocar rádios dentro da nossa plataforma. Isso é legal, porque sugere um tráfego gratuito para o usuário, que talvez nem estaria ouvindo uma rádio", explicou.

"Também temos um projeto dentro da Deezer, que é de mensagens diárias. O pessoal da Revista Comunhão já começou a fazer pequenas 'pílulas' e nós compilamos isso como se fosse uma série quinzenal", contou. "Isso também traz uma experiência diferente para nós, que estamos do outro lado. Então a nossa preocupação, até nisso, é ser uma plataforma de áudio".

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