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Saúde

Suspender a menstruação prejudica a saúde? Especialista esclarece

O uso contínuo da pílula anticoncepcional, o Diu de levonorgestrel e a injeção de acetato de medroxiprogesterona são alguns métodos usados para a suspensão da menstruação.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 13 de março de 2017 às 11:43
É possível interromper o ciclo menstrual e se livrar de alguns sintomas. (Foto: Reprodução)
É possível interromper o ciclo menstrual e se livrar de alguns sintomas. (Foto: Reprodução)

O período menstrual vem acompanhado de muitos incômodos para a maioria das mulheres, como dores, inchaços, cólicas e a temida tensão pré-menstrual (TPM). Embora pareça ser novidade para muitas, é possível interromper o ciclo menstrual e se livrar de alguns sintomas por um certo período.

De acordo com o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista da clínica Criogênesis, a decisão de suspender a menstruação deve ser conversada com o ginecologista, respeitando as características e desejos de cada uma. “A prescrição de qualquer método deve considerar a segurança para cada paciente conforme os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, a procura médica é fundamental para evitar os riscos da automedicação”.

O especialista ressalta que a suspensão da menstruação pode ser tratamento para algumas doenças, como mioma e endometriose. “Para o mioma, por exemplo, o possível sangramento intenso pode ser controlado pela suspensão da menstruação. No caso da endometriose, a qual se caracteriza pela presença de tecido de dentro do útero, denominado endométrio, implantado fora da cavidade, pode cursar para algumas pacientes durante sua menstruação com intensas dores, diarréia e até mesmo sangue na urina. Nesta situação, a suspensão seria uma excelente alternativa para aquelas pacientes que não desejam gravidez”, afirma.

Para as mulheres que desejam suspender a menstruação, mas tem medo da infertilidade, o médico desmistifica: “é muito importante frisar que os métodos hormonais não causam infertilidade permanente”, esclarece. “A interrupção do método e o retorno dos ciclos menstruais sugere o retorno à fertilidade. No entanto, há outros fatores que podem associar-se à dificuldade de engravidar, como a idade. Dessa forma, não é o fato de ter usado 10 a 15 anos de anticoncepcional, por exemplo, que dificulta a gravidez. Mas o fato de ter esse tempo a mais para despertar o real desejo reprodutivo”.

“O útero não é um filtro que precisa eliminar algo. A menstruação é a consequência da falha do preparo do organismo para uma gravidez que não ocorreu. Mulheres que optaram por ter muitos filhos também não apresentam muitas menstruações. Além dos benefícios citados, o fato de não menstruar diminui o risco de câncer de endométrio”, ele acrescenta.  

Métodos

O uso contínuo da pílula anticoncepcional por via oral é um dos métodos mais comuns para interromper a menstruação. “Neste caso, a paciente toma o medicamento, que pode ser uma combinação dos hormônios estrogênio e progesterona, ou somente a progesterona, sem interrupções”, ilustra o ginecologista.

Outro método é o Diu liberador de levonorgestrel, opção que pode evitar a menstruação e a gravidez — mas é aconselhado ser mantido por até cinco anos. “O implante subcutâneo, um pequeno bastão flexível, mais fino que um palito de dente, é fabricado à base de progesterona e deve ser colocado sob a pele no antebraço. A injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona seria outra opção”, avalia Dr. Renato.

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